A termorregulação nas espécies domésticas.

Catharine Mendes Costa, Fernanda Meirelles Vieira, Jéssica Francisco de Oliveira, Naiara Viegas Portella Lemos, Caio Andrade da Silva, Carolina Tonini Prado dos Santos e Ismar Araujo de Moraes.
2021.

Introdução
O funcionamento do corpo é o resultado de diversos processos químicos e físicos, que dependem da temperatura corporal para ocorrerem de maneira adequada, sendo este o principal fator capaz de interferir na função dos tecidos. Temperaturas elevadas aceleram as reações e baixas temperaturas as deprimem. Para evitar alterações nas funções, muitos animais desenvolveram mecanismos capazes de manter a temperatura corporal constante independente da temperatura ambiente. (REECE, 2017).  A temperatura é normalmente aferida em Graus Celsius (°C) e seu valor normal médio está em torno de 38°C. Quando esse valor cai para próximo de 27-29°C, na maioria dos animais domésticos,  ocorrem fibrilação cardíaca e morte e quando se eleva em torno de 45°C são possíveis as lesões cerebrais fatais. (KLEIN, 2014).
Os mamíferos e aves são conhecidos como “animais de sangue quente” e são considerados homeotérmicos (ou endotérmicos), pois são capazes de manter a  sua temperatura corporal constante na presença de alterações consideráveis nas temperaturas ambiente, o que implica na necessidade de alto índice metabólico para produção de todo calor necessário. Já outros animais, como peixes, répteis e anfíbios, recebem a denominação de pecilotérmicos (ou ectotérmicos) e são conhecidos popularmente como “animais de sangue frio” pois a sua temperatura corporal  varia de acordo com a temperatura ambiente, requerendo o uso de diversos métodos comportamentais para manter a temperatura regulada e necessitando de pouca energia para funcionamento adequado do metabolismo. (KLEIN, 2014).
Para todos os mamíferos e aves existe uma temperatura ambiente que é chamada de neutralidade térmica, que é a faixa onde os animais sadios conseguem manter sua temperatura corporal em uma faixa considerada como normal. Essa zona de neutralidade varia de acordo com as espécies, por fatores como pelagem e acúmulo de gordura. Quando os mecanismos vasomotores não são capazes de manter a constância na temperatura, diversas respostas integradas são ativadas, que serão vistas a seguir. (KLEIN, 2014).
 
Mecanismos de perdas, ganhos, conservação e distribuição do calor no corpo do animal.
Os animais apresentam uma taxa metabólica basal (TMB) que é importante para que haja a adequada funcionalidade celular no organismo dos animais e manutenção da homeostase, neste caso a homeotermia.  De acordo com Klein (2014) a TMB é o índice do metabolismo energético medido sob estresse mínimo enquanto o animal está em jejum sendo maior nos animais homeotérmicos do que nos pecilotérmicos e proporcionalmente maior nos mamíferos menores do que nos maiores, devido a maior proporção superfície/volume dos animais menores.
A TMB será mantida com o organismo lançando mão de mecanismos de ganhos e perdas de calor. Os ganhos de calor podem advir de fonte internas (metabolismo) e de fontes externas (meio ambiente). No primeiro caso, o calor é produzido a partir do alimento ingerido, sendo este convertido em energia que se dissipa no ambiente e irradia no espaço. Já o ganho de calor por fontes externas ocorre quando a temperatura ambiente excede a corporal e quando estão expostos a fontes que irradiam calor, como a luz solar ou objetos mais quentes que o corpo do animal. A perda de calor do organismo ocorre de modo contínuo pela irradiação infravermelha que emana de todos os corpos e objetos e representa a principal fonte de perda. (KLEIN, 2014).
Para manter a homeotermia o organismo se aproveita de diferentes mecanismos capazes de facilitar o ganho de calor a partir do meio ambiente ou dissipá-la corpo para o ambiente. Entre eles estão a irradiação que pode representar a principal fonte de perda do calor corpóreo, mas pode representar ganho quando a recebe pela irradiação do próprio ambiente ou por meio da condução pelo contato com o solo e substratos. Essa condução também pode ser um mecanismo para absorção do calor, desde que o substrato ou líquido esteja acima da temperatura corporal. Ainda existem a convecção, que ocorre devido a movimentação interna de fluidos, de modo que o corpo aquece ou resfria o ar ou água ao seu redor e as perdas pela evaporação de líquidos tais como saliva, suor ou secreções respiratórias, que também ocorre continuamente nos animais e constitui um mecanismo fundamental para o funcionamento do organismo, com importância variável de acordo com as espécies. A perda evaporativa pode ocorrer pelas superfícies da pele e pelo ar aquecido exalado, e pode ser aumentada com a transpiração e com a respiração ofegante. (KLEIN, 2014; REECE, 2017).
Uma observação interessante é que o sexo e a idade dos indivíduos podem interferir no mecanismo de termorregulação, e comparativamente produzir mais ou menos calor. A variação relativa ao gênero pode ser devida à mudança metabólica durante fases reprodutivas e desenvolvimento corpóreo e parece envolver o nível de esteroides, pois estes hormônios participam do mecanismo de termogênese, e apresentam níveis diferentes em machos e fêmeas. Quanto à idade, pode estar relacionado ao nível reduzido de esteroides sexuais produzidos durante o envelhecimento, pois estes hormônios participam do mecanismo de termogênese. (MARTINS, 2017).
Muitos tecidos corporais são maus condutores de calor, porém muitos órgãos como o fígado e o coração são fontes metabólicas de calor e estão distantes do trato respiratório e da pele responsáveis pela perda de calor. Observa-se que, a maior parte do calor gerado por esses órgãos é transferido para outros locais por meio da circulação sanguínea, sendo destacado neste caso o mecanismo de convecção. A redistribuição do fluxo sanguíneo ocorrerá quando um órgão ou parte do corpo precisa resfriar ou aquecer. E vale ressaltar que a temperatura retal, que é a medida em animais, é um pouco mais baixa que a temperatura central. (KLEIN, 2014).
 Sob condições de estresse provocado pelo calor, a transferência circulatória de calor para a pele pode ser aumentada consideravelmente por meio de dois mecanismos: dilatação das arteríolas dos leitos vasculares cutâneos e abrem-se anastomoses arteriovenosas nos membros, orelhas e focinho; ambos os mecanismos aumentam o fluxo de sangue para a periferia permitindo as perdas. Os mecanismos também funcionam de modo inverso no estresse frio, diminuindo o fluxo sanguíneo para a periferia a fim de reduzir a perda de calor. (KLEIN, 2014)
Os mecanismos de vasoconstrição e vasodilatação também são importantes para a conservação ou perda do calor respectivamente nas condições de temperatura externa fria e quente. Observa-se vasoconstrição periférica e vasodilatação central mediada pelo sistema nervoso autônomo para permitir a conservação do calor, assim como o oposto, vasodilatação externa e vasoconstrição interna, permitindo a perda do calor.
Outro mecanismo interessante de conservação de calor que minimiza a necessidade de gasto energético para produção de calor pelo organismo, ou permite a dissipação de calor quando necessário, é a contracorrente. Quando a temperatura ambiente está elevada, o sangue venoso, que normalmente retorna ao centro do corpo através de veias superficiais, para perder calor para a pele e para o ar, passa a retornar através de veias mais profundas, que acompanham artérias. Desse modo, ocorre a troca de calor entre esses vasos por contracorrente, onde o sangue arterial ganha calor e o venoso perde.  Da mesma forma, esse sistema de contracorrente também funciona bem para conservar o calor. (KLEIN, 2014; REECE, 2017)
Uma troca de calor em contracorrente semelhante a supracitada ocorre na rede carotídea de ovinos e alguns outros ungulados. A artéria carótida forma uma rede banhada em um seio de sangue venoso decorrente da cavidade nasal, esse sangue venoso mais frio do focinho resfria o sangue arterial que irriga o cérebro, de modo que a temperatura cerebral seja protegida. Este mecanismo torna-se importante durante a prática de exercícios, uma vez que o calor dos músculos esquenta ainda mais o sangue arterial, porém a ventilação pela respiração também aumenta, sendo capaz de esfriar o sangue antes de entrar no cérebro. (KLEIN, 2014)
Alguns mamíferos não possuem rede carotídea, dependendo de outros mecanismos para regular a temperatura cerebral durante o exercício, é o caso dos humanos e dos cavalos. Os equinos apresentam estruturas chamadas de Bolsas Guturais, que armazenam ar mais frio que a temperatura do sangue arterial e se localizam circundando a artéria carótida interna. Desse modo, o calor é transferido do sangue para o ar das bolsas, protegendo o cérebro de sofrer hiperemia. Além disso, os cavalos também apresentam seios venosos intracranianos que podem auxiliar no resfriamento cerebral durante o exercício, acredita-se que esses seios funcionam do mesmo modo que a rede carotídea, só que de forma menos eficiente. (KLEIN, 2014)
 
Termogênese e Termólise
A termogênese, ou geração de calor orgânico, ocorre por diferentes modos entre eles: a ingestão de alimentos calóricos, a ação de determinados hormônios e a contração muscular. Alguns autores costumam admitir dois mecanismos termogênese: decorrente de tremor e não decorrente de tremor.
 
Termogênese não decorrente de tremor.
Na termogênese não decorrente de tremor destaca-se a produção de calor que considerada como um subproduto natural em todos os processos metabólicos, e variável de acordo com o alimento ingerido. O calor produzido pela ingestão de alimentos pode ser mensurado na medida quilocaloria por grama (Kcal/g), e observa-se que metabolismo de carboidratos gera 4,1 Kcal/g, o de gorduras 9,6 Kcal/g e o de proteínas 4,2Kcal/g. (KLEIN, 2014).
A geração de calor por mecanismos hormonais ocorre quando os animais são expostos a longos períodos ao frio. Nesta situação desenvolvem a capacidade de aumentar a produção metabólica de calor sem tremores, ou seja, termogênese não decorrente de tremor. Esse aumento no metabolismo é mediado por um aumento na secreção de hormônios tireoidianos (tiroxina) e pelos efeitos calorigênicos das catecolaminas (adrenalina e noradrenalina)  sobre os lipídeos (EWART, 2021). Além disso, a exposição ao frio pode causar o estresse frio, que induz a liberação de noradrenalina nos adipócitos, aumentando o metabolismo de gordura para produção de calor. Os adipócitos brancos também podem ser convertidos em adipócitos marrons durante o estresse frio. (KLEIN, 2014)
Principalmente nos animais que hibernam, assim como em vários neonatos e mamíferos pequenos, e em pequenos mamíferos, encontramos um tipo de gordura especializada em gerar calor, a chamada gordura marrom, que possui alta densidade de mitocôndrias e, quando estimuladas, consomem oxigênio e produzem calor e aumentam a taxa metabólica basal caracterizando a termogênese não decorrente de tremores (EWART, 2021). A gordura parda/marrom está localizada principalmente na região subcutânea entre as escápulas, no entorno dos rins e miocárdio. (KLEIN, 2014; REECE, 2017).
De acordo com Klein (2014) na prática de exercícios e atividades que exijam maior gasto energético, a produção de calor metabólico pode aumentar até mais de dez vezes. Sendo assim, esse calor precisa ser dissipado para o ambiente e, caso não seja, a temperatura corporal pode atingir níveis perigosos. Além disso, a elevação da temperatura corporal leva ao aumento da taxa metabólica e consequente elevação na produção de calor.
Algumas adaptações comportamentais ao estresse pelo frio incluem se encolher, se empilhar ou amontoar com os filhotes da ninhada, e buscar a luz do Sol e/ou contato com objetos aquecidos. Esses comportamentos servem para diminuir a perda de calor e aumentar o ganho dele. (EWART, 2021)
 
Termogênese decorrente de tremor
O calor corporal também pode ser produzido através de tremores ou calafrios, onde grupos antagônicos de músculos são ativados/contraídos de maneira a não produzir trabalho útil, mas calor. Os tremores podem continuar por horas em condições adversas, onde o animal precisa de calor, e a energia química utilizada para tremer na forma de calor é transferida para o interior do corpo. (KLEIN, 2014)
O calafrio é um mecanismo sob controle hipotalâmico que se utiliza de informações advindas dos receptores periféricos (pele e vísceras) e centrais (hipotalâmicos e espinhais). Os receptores centrais são muito mais ativos na resposta ao frio do que os periféricos (EWART, 2021), no entanto já foi observado por meio de experimentos que tanto a estimulação periférica (região da cabeça aquecida e corpo resfriado), quanto a estimulação central (resfriamento da região da cabeça e aquecimento corporal) são capazes de induzir o calafrio.
Os mamíferos adultos são capazes de tremer, e os que nascem em um estágio adiantado de desenvolvimento, como cordeiros e potros, também podem fazê-lo. Filhotes de cão e outros recém-nascidos menos desenvolvidos não conseguem tremer; eles dependem do calor de sua mãe e do ninho para se proteger contra o frio. O tecido adiposo marrom, presente em vários neonatos e mamíferos pequenos, fornece uma fonte de energia termogênese não decorrente de tremores. (EWART, 2021)
No caso de filhotes recém-nascidos há perda de calor por evaporação, condução, radiação e convecção e a termorregulação nesses animais é ineficiente nesse período. Isso induz a termogênese por calafrio, no entanto, em filhotes de cães a frequência cardíaca pode chegar a 200 batimentos/minuto durante as duas primeiras semanas e ocorre mobilização da  gordura marrom, garantindo a termogênese com participação de mecanismos independentes do tremor. Segundo Reece (2017), quando as células do tecido adiposo marrom são estimuladas, elas consomem oxigênio e produzem calor a uma taxa elevada.
 
Termólise
A termólise é representada pela perda de calor do organismo como forma de proteção para se evitar a hipertermia e aumento consequente da taxa metabólica.  
Klein (2014) e Reece (2017) apontam os mecanismos de irradiação, convecção, condução e evaporação como capazes de proporcionar a perda de calor do organismo, podendo ser usados também para a sua obtenção/conservação quando necessário.
A perda de calor por condução/convecção depende do gradiente térmico, que é a diferença de temperatura entre a pele do animal e o líquido que a recobre, onde um gradiente maior resulta em maior perda. O gradiente pode ser alterado por modificações no fluxo sanguíneo e pela quantidade de isolamento que separa o animal do ambiente, que é feito pela camada de pelos e pela camada de gordura. Desse modo, a quantidade, o formato e a posição dos pelos (piloereção), assim como a quantidade e distribuição de gordura, afetam o modo que o animal perde calor. (KLEIN, 2014)
Quando a vasodilatação não consegue manter uma temperatura normal, o resfriamento evaporativo é aumentado pela sudorese, pelo ofego ou por ambos. Esse resfriamento evaporativo é o único método de perda de calor disponível quando a temperatura ambiente excede a da pele, sendo mais eficaz quando a umidade relativa é baixa. (EWART, 2021)
Klein (2014) aponta a sudorese como um bom exemplo de perda de calor por evaporação que ocorre em todos os mamíferos placentários, exceto os roedores e lagomorfos. Ela é proveniente da secreção produzida pelas glândulas sudoríparas do tipo apócrinas que produzem uma secreção de conteúdo proteico em animais ungulados e glândulas écrinas que produzem conteúdo aquoso e que permite a termorregulação principalmente nos primatas. No caso dos cães e porcos, as glândulas sudoríparas aparecem mal desenvolvidas, sendo pouco utilizadas para termorregulação. O suor é uma solução concentrada de ureia, ácido lático, íons de potássio e, no caso dos animais ungulados, proteína. Em ambientes quentes, o aumento da sudorese é proveniente do aumento da secreção de aldosterona. (KLEIN, 2014)
No caso dos cães e aves, em face da falta do aporte necessário de glândulas sudoríparas para a termólise evaporativa o ato de ofegar torna-se essencial para a termorregulação.  O ofego é portanto,  um mecanismo para aumentar a evaporação a partir do trato respiratório. Segundo Klein (2014) pequenos volumes correntes são movimentados, em cerca de 200 respirações por minuto, no espaço morto respiratório durante o ofego, sem entretanto gerar alcalose, pois há a atuação de dois mecanismos para elevar a perda de calor sem gerar alcalose respiratória:  a obstrução vascular da mucosa respiratória e oral, e o aumento da salivação.
 
A Regulação da temperatura
A temperatura corporal deve ser mantida dentro de limites restritos para manutenção da homeostase. Em animais doentes, como no caso da desidratação ou infecções, essa capacidade de manutenção pode encontrar-se debilitada. (KLEIN, 2014).
Para regular a temperatura corporal, são necessários sensores compostos de neurônios termossensíveis, que estão localizados na pele, sistema nervoso central (hipotálamo e medula espinhal) e alguns órgãos internos. As informações decorrentes dos diferentes neurônios termossensíveis são integradas e levadas ao hipotálamo, que é quem controla a quantidade de calor, para que haja o aumento ou diminuição da perda ou produção. As informações procedentes dos receptores centrais parecem dominar sobre as informações periféricas, apresentando efeitos em torno de 20 vezes maiores, de modo que o aumento de 0,5°C na temperatura central causa aumento de sete vezes na quantidade do fluxo sanguíneo cutâneo. Da mesma forma que a queda gera a vasoconstrição e tremores. (KLEIN, 2014)
A tabela abaixo mostra padrões na temperatura retal de diferentes espécies.
 
Tabela 01 – Temperaturas retais médias de várias espécies.
Temperatura Média (oC) Variação (oC)
Cavalo (garanhão) 37,6 37,2 a 38,1
Égua 37,8 37,3 a 38,2
Burro 37,4 36,4 a 38,4
Camelo 37,5 34,2 a 40,7
Vaca de corte 38,3 36,7 a 39,1
Vaca de leite 38,6 38,0 a 39,3
Ovelha 39,1 38,3 a 39,9
Cabra 39,1 38,5 a 39,7
Porco 39,2 38,7 a 39,8
Cão 38,9 37,9 a 39,9
Gato 38,6 38,1 a 39,2
Coelho 39,5 38,6 a 40,1
Galinha (luz do dia) 41,7 40,6 a 43,0
Fonte: Andersson, B.E. and Jonasson, H. (1993) Temperature regulation and environmental physiology. In: Duke’s Physiology of Domestic Animals, 11th ed. (eds. M.J. Swenson and W.O Reece). Cornell University Press, Ithaca, NY.
 
Entre os sintomas de várias doenças encontra-se a febre, também chamada de pirexia, e que pode ser definida como uma resposta à elevação da temperatura corporal profunda, geralmente provocada por infecções. A febre se inicia com a produção de pequenos polipeptídios, conhecidos como pirógenos, que quando liberados no sangue atingem uma parte do hipotálamo denominada órgão vascular da lâmina terminal (OVLT), e atuam sobre as células endoteliais, provocando a elevação do ponto de ajuste da temperatura determinado pelo hipotálamo, que se mantém até que o pirógeno seja metabolizado. A partir desse momento, o corpo sente que o sangue está frio, e, então, ativa mecanismos para conservar e produzir calor, como calafrios e sensação de frio (KLEIN, 2014; REECE, 2017). De forma geral, a febre é benéfica, já que o calor inativa muitos microrganismos, entretanto, pode ter efeitos negativos quando a temperatura aumenta excessivamente, mas geralmente é autolimitada e as temperaturas máximas alcançadas ficam na faixa de 41°C. (REECE, 2017).
 
Leitura complementar
Controle neural da temperatura corporal
mecanismos termorregulatórios dos suínos
O papel da tireoide no controle da temperatura
O  papel da pele na termorregulação
Artigo: Comportamento e parâmetros fisiológicos de leitões nas primeiras 24 horas de vida
Artigo: Comportamento de suínos alojados em baias de piso parcialmente ripado ou com lâmina d´água
Artigo: A hipertermia durante o estro pode afetar o desempenho reprodutivo de fêmeas suínas
 
 
Referências Bibliográficas
  1. EWART, S.L. Termorregulação. In: KLEIN, B. G.  Cunningham tratado de fisiologia veterinária. 6ª Ed. Grupo Editorial Nacional S.A. Publicado pelo selo Editora Guanabara Koogan Ltda., 2021. 664 p. cap.53. 605-617.
  2. KLEIN, B. G.. Termorregulação . In: Cunningham Tratado de Fisiologia Veterinária. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 1599 p. cap. 53, p. 1419 -1447.
  3. MARTINS, R.G.  Termorregulação comportamental dos micos-leões (Leontopithecus spp., Callitrichidae) em cativeiro. 2017. 48 f. Trabalho de conclusão de curso (bacharelado – Ciências Biológicas) – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Biociências (Campus de Rio Claro), 2017. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/156466>.
  4. REECE,W.O.  Temperatura corporal e sua regulação. In: REECE. Dukes, Fisiologia dos Animais Domésticos. 13. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. Cap.14.  144-149.
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